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Homem-robô

Olá, pessoal! Organizando minhas pastas, encontrei algo que escrevi no início desse ano. Resolvi então postar aqui... É um poema, espero que gostem!

Homem-robô


Fim do Homem-robô, que ignorou o amor
Que o anestésico criou, pra viver sem dor
Ele, que não compreendeu
Nem a velhice, nem a morte
E pra isso inventou o “Botox”

Fim do Homem-robô, que não entendeu
Que a verdadeira juventude,
Não está na aparência do “seu eu”
Mas, na beleza da sua alma!
Pretensão, querer que ele entenda!?
Justo ele, que não passa de uma máquina, uma lenda!

Fim do Homem-robô, que criou um sistema de alienação
Dê “pão e circo” à população!
E que a pouco aprimorou a televisão

Ele que fez tabu, da sua sexualidade e da sua morte
Ele que criou a disciplinarização
E do ser humano, fez um produto de seriação
E na presença divina, inventou o pecado!
Disse o que era pra ser pensado, dito e escutado!

Faça isso!
Faça aquilo!
Seja isso!
Seja aquilo!

Fim do Homem-robô, que para fins de produção,
Quis modelar uma população!
Magra, bonita, bronzeada, forte e saudável.
Desejou um dia, um mundo auto-sustentável,
Tudo para não ser julgado pela destruição!

Fim do Homem-robô, aquele que nunca amou,
Sentiu, entendeu, ouviu, chorou,
Sofreu, gritou, correu, brincou,
Viveu ou adoeceu...
Ele que quis o mundo conquistar, mas, o destruiu.
E o próprio mundo o consumiu

Talvez esse fosse o seu legado,
Perder o “humano”, o “sagrado”.
Ser somente um robô acabado!
                             por: Karita Carvalho

É isso aí, até a próxima!


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